A manutenção da cobertura é uma tarefa árdua, mas que não pode ser esquecida pelos síndicos

Problemas com telhados são muito comuns e afetam todo tipo de construção, seja ela residencial ou comercial, casa ou edifício. Por isso a importância de manter a manutenção do espaço sempre em dia, evitando aborrecimentos como as temidas infiltrações, que comprometem não só a cobertura, mas também as lajes e demais elementos estruturais.

Seja pela quebra de uma telha, danificação da impermeabilização por algum instalador mal instruído ou simplesmente o vencimento da vida útil dos sistemas, a recomendação do arquiteto Armando Felipe da Silva, mestre em patologia da construção, é que os síndicos realizem verificações periódicas. “Para manter tudo em dia, é muito importante fazer vistoria nos telhados, principalmente após algum tipo de manutenção ou instalação de equipamento que passe pela cobertura. E, ao identificar a menor falha, é imprescindível fazer o conserto imediato, pois os problemas tendem a crescer de forma muito rápida, tanto em gravidade quanto em custo do reparo”, avalia.

Foi o que aconteceu no Condomínio Residencial Baía do Sol, em Florianópolis, que após uma experiência ruim com uma prestadora de serviço que não cumpriu o que foi contratado, teve que fazer a troca total do telhado nos oito blocos. “Começou a chover em alguns apartamentos e só os reparos não estavam sendo suficientes para resolver o problema. Com isso, solicitamos a avaliação de um engenheiro que constatou que o telhado estava comprometido e seria necessária a troca total da estrutura”, explica Verônica Drapischinki, administradora que há sete anos comanda as obras do condomínio.

Finalizada recentemente, a reforma levou quatro meses para ser concluída e serviu para reforçar a importância da contratação de bons profissionais. “O segredo para não se estressar com obras de grande porte está em investir em mão de obra qualificada. Aqui no condomínio fizemos a substituição do madeiramento, telhas, calhas e rufos, e também aproveitamos para fazer a limpeza do forro e inspecionar o encanamento, tudo sem nenhuma ocorrência fora do planejado”, comenta Verônica.

Para os síndicos que ainda estão em dúvida se o edifício já está apresentando os primeiros sinais de defeito no telhado, o arquiteto dá uma dica: “Se você notar riscos horizontais de umidade na parede externa do prédio após um período de chuva, que mesmo após o surgimento do sol elas permanecem, é sinal de que há algum problema com a calha ou manta rompida. Outro sinal é quando começa a aparecer umidade nos cantos dos apartamentos, entre o teto e a parede, ou ainda o surgimento de bolhas de ar”, avalia. E para quem está pensando em fazer algum tipo de manutenção na cobertura, o especialista indica o inverno como a melhor época do ano, devido a menor ocorrência de chuvas e tempo mais seco.

Pecados na manutenção

Não fazer inspeção antes e depois de qualquer serviço que utilize o telhado: É muito comum ocorrer a quebra de telhas no momento da instalação de TV a cabo, ar-condicionado ou até mesmo manutenção nos para-raios. Para evitar incômodos, a recomendação é que o zelador sempre acompanhe as equipes que forem fazer qualquer procedimento no telhado

Deixar a saída pluvial desprotegida: Hoje em dia já está disponível no mercado uma série de grades e protetores que tem como função impedir o bloqueio do escoamento

Deixar de lado a manutenção preventiva: É imprescindível periodicamente avaliar se há alguma telha quebrada ou problema na manta, além de fazer a manutenção e limpeza das calhas, que comumente ficam entupidas com folhagens ou sujeiras trazidas pelo vento. A cada cinco anos as calhas devem ter sua impermeabilização refeita ou pelo menos passar por uma manutenção mais cuidadosa, sendo que anualmente é importante verificar a sua eficiência;

Não contratar mão de obra qualificada: Para garantir a qualidade do serviço, é importante procurar por empresas que realmente tenham responsáveis técnicos. A presença de um arquiteto ou engenheiro na realização de qualquer obra no telhado faz toda a diferença, desde o momento da avaliação até a indicação de soluções.

Fonte: CondomínioSC