Bancos reduzem taxa de juros para o financiamento imobiliário

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Anúncio da concorrência leva bancos a recuarem na cobrança de juros. Isso pode ser uma ótima notícia na hora de comprar imóveis. Veja mais sobre o assunto.

Se você costuma acompanhar nossos artigos com regularidade, já deve saber que recentemente a Caixa Econômica Federal anunciou uma redução em sua taxa de juros para financiamento imobiliário e também alterou o limite de financiamento para imóveis usados.

A reação do mercado foi positiva, o que, automaticamente, obrigou a concorrência a se mexer e oferecer taxas reduzidas, evitando assim uma queda de lucros aparentemente inevitável.

Vamos destacar ao longo desse texto as principais mudanças em cada instituição e qual a melhor taxa de financiamento imobiliário em 2018.

Banco do Brasil

A redução foi anunciada em 24 de abril, apenas uma semana após a redução da CEF. Os juros para financiamento imobiliário passaram de 9,24% para 8,89% no SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e de 10,15% para 9,35% na carteira hipotecária.

Além da redução, o banco passou também a ofertar a portabilidade de financiamento imobiliário entre instituições.

Mesmo anunciando a alteração em 24 de abril, o Banco do Brasil ainda demorou mais de uma semana completa para disponibilizar as novas taxas ao público, bem como atualizar os novos valores em seus simuladores de financiamento.

Santander

O banco reagiu ao anúncio da Caixa um dia após o anúncio do Banco do Brasil, em 25 de abril. A oferta para financiamento via SFH passou de 9,24% para 8,89%, exatamente a mesma redução com Banco do Brasil, os dois bancos agora oferecem taxa de juros idêntica para o SFH.

Já para financiamento imobiliário via SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), a redução foi de 9,99% para 9,49%, a redução foi maior se comparada ao SFH e representa uma queda de 0,50 ponto percentual na taxa.

Bradesco

As taxas de juros no Bradesco também acompanharam a queda de seus concorrentes. Para financiamentos imobiliários através do SFH, a taxa passou de a partir de 9,3% ao ano para 8,85% ao ano.

Já para o SFI a taxa de juros não saiu da casa dos 9%, passou de 9,7% para 9,3% ano, uma redução menos expressiva.

Itaú – Unibanco

O Itaú foi o último banco a reagir as mudanças da Caixa Econômica. O anúncio foi feito no último dia 21 e a redução da taxa foi um pouco mais tímida, apenas 0,20 ponto percentual para financiamento imobiliário. Com o anúncio, os juros para financiamento imobiliário no Itaú passaram a ser o menor entre os concorrentes.

Para o SFH a taxa passou de a partir de 9% para 8,8% ao ano somado ao TR. Enquanto isso, o SFI chegou a uma redução de 9,5% para 9,3%, também somado a TR – Taxa Referencial.

As taxas começaram a ser praticadas no dia seguinte ao anúncio e são a partir de 8,8% e 9,3%, tudo vai depender do perfil do cliente e como se dá o relacionamento dele com a instituição.

Caso você não se recorde, o SFH aceita financiamento de imóveis até 800 mil reais no Brasil inteiro, apenas no estado de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio de Janeiro o limite acaba sendo maior, R$950 mil reais.

Já o SFI aceita os financiamentos que o SFH não pode acatar, ou seja, que estiverem acima do limite proposto.

Caixa Econômica Federal

Vamos relembrar as taxas de juros de financiamento imobiliário na Caixa, praticada desde o anúncio ao mercado. Para o SFH a taxa foi de 10,25% para 9% ao ano, já para o SFI a taxa de juros passou de 11,25% para 10%. Nos dois cenários a redução foi de 1,25 ponto percentual ao ano.

Veja no comparativo abaixo como ficaram as taxas de juros para financiamento imobiliário após o anúncio de cada instituição bancária.

Essa reação vinda dos principais bancos do país não foram incentivados apenas pelo anúncio da CEF, mas eles levaram em conta também os recentes cortes da taxa Selic que foram promovidos pelo Copom – Comitê de Política Monetária.

A Selic vem sofrendo baixas consecutivas há cerca de um ano e em seu último anúncio, o Copom resolveu deixar em 6,5% a taxa de juros básica.

Obviamente a reação da concorrência é fortemente ligada ao anúncio da Caixa Econômica Federal, mas é correto afirmar que além disso, deve ser levado em consideração a variação da Selic.

Além disso, não é segredo que os bancos já estavam se movimentando antes da Caixa para essas reduções, acreditando em retomada de crescimento do mercado imobiliário e um crescente na economia do país. O anúncio da Caixa apenas apressou as coisas.

Isso fica claro quando identificamos que na verdade a Caixa não é pioneira nesse assunto, em julho de 2017 o Santander já havia realizado um corte na taxa de juros para financiamento de imóveis. O corte foi realizado antes mesmo do início de cortes na Selic.

Demais condições de financiamento

Além da taxa de juros, o cliente deve levar em conta outras condições do financiamento, como o Custo Efetivo Total (CET). Isso porque a taxa de juros deve ser somada a outras despesas, como seguro da transação e com isso, o valor total do financiamento pode acabar ficando mais caro.

Outro ponto importante é analisar o prazo máximo de financiamento em cada banco, compare abaixo o valor máximo financiado em cada banco, além do prazo máximo dessa negociação.

 

Fonte: http://www.imovelweb.com.br

 

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